Histórico: Primeiro rabino ortodoxo assumidamente gay é ordenado em Jerusalém
Primeiro rabino ortodoxo assumidamente gay
é ordenado em Jerusalém
Daniel Atwood, 27, foi negado por seu seminário
em Nova York, apesar da escola ter concordado
originalmente em ordená-lo.
Com iformações de JTA and Sam Sokol
para o portal Haaretz
em 28 de maio de 2019
Tradução e adaptação por Sergio Viula
Um seminarista rabínico assumidamente gay que teve sua ordenação negada por um seminário liberal de Nova York acaba de ser ordenado ao rabinato em Jerusalém, quebrando um persistente tabu contra a homossexualidade na comunidade judaica ortodoxa.
Daniel Landes, um proeminente rabino americano-israelita, garantiu a ordenação (semichah, em hebraico) a Daniel Atwood juntamente com um grupo misto de homens e mulheres no Teatro de Jerusalém na noite de domingo passado durante uma cerimônia para mais de 200 convidados.
Atwood foi informado anteriormente durante esse ano que não seria ordenado, mas isso só ocorreu depois que ele já havia completado seus estudos no Yeshivat Chovevei Torah (YCT) de Nova York - a mesma instituição que havia dito anteriormente que ele seria ordenado.
Ao mesmo tempo em que tem crescido a empatia por judeus LGBT na comunidade ortodoxa nos últimos anos, a inclusão raramente atinge o nível de liderança comunitária, e o casamento homoafetivo continua proibido na comunidade judaica ortodoxa. Atwood ficou noivo de outro homem na primavera passada - o que teria sido o motivo para que ele tivesse sua ordenação negada pela instituição onde estudou.
Em 2006, o rabino Landes — o mesmo que garantiu a ordenação a Atwood —, ordenou oito mulheres ortodoxas como rabinas numa cerimônia em Jerusalém também. O programa de ordenação é parte da Yashrut, uma organização que Landes comanda e que tem como alvo construir "um discurso civil através de uma teologia de integridade, justiça e tolerância.”
Atwood sorria durante toda a cerimônia, dançando com o rabino Landes e seus companheiros de ordenação.
Tradução e adaptação por Sergio Viula
O recém-ordnado Rabino Daniel Atwood é parabenizado
pelo Rabino Daniel Landes no Teatro de Jerusalém,
26 de maio de 2019 - foto por Sam Sokol
Um seminarista rabínico assumidamente gay que teve sua ordenação negada por um seminário liberal de Nova York acaba de ser ordenado ao rabinato em Jerusalém, quebrando um persistente tabu contra a homossexualidade na comunidade judaica ortodoxa.
Daniel Landes, um proeminente rabino americano-israelita, garantiu a ordenação (semichah, em hebraico) a Daniel Atwood juntamente com um grupo misto de homens e mulheres no Teatro de Jerusalém na noite de domingo passado durante uma cerimônia para mais de 200 convidados.
Atwood foi informado anteriormente durante esse ano que não seria ordenado, mas isso só ocorreu depois que ele já havia completado seus estudos no Yeshivat Chovevei Torah (YCT) de Nova York - a mesma instituição que havia dito anteriormente que ele seria ordenado.
Ao mesmo tempo em que tem crescido a empatia por judeus LGBT na comunidade ortodoxa nos últimos anos, a inclusão raramente atinge o nível de liderança comunitária, e o casamento homoafetivo continua proibido na comunidade judaica ortodoxa. Atwood ficou noivo de outro homem na primavera passada - o que teria sido o motivo para que ele tivesse sua ordenação negada pela instituição onde estudou.
Em 2006, o rabino Landes — o mesmo que garantiu a ordenação a Atwood —, ordenou oito mulheres ortodoxas como rabinas numa cerimônia em Jerusalém também. O programa de ordenação é parte da Yashrut, uma organização que Landes comanda e que tem como alvo construir "um discurso civil através de uma teologia de integridade, justiça e tolerância.”
Atwood sorria durante toda a cerimônia, dançando com o rabino Landes e seus companheiros de ordenação.
O Rabino Daniel Atwood celebra sua ordenação no Teatro de Jerusalém, 26 de maio de 2019.
Foto por Sam Sokol
“Estou muito entusiasmado em receber a ordenação (semicha) e muito grato ao Rabino Landes e à Yashrut por me incorporarem” —disse o jovem rabino recém ordenado à agência de notícias The Jewish Telegraphic, acrescentando que sua alegria foi um pouco diluída pela "pequena tristeza de não estar com os pares e professores com quem aprendi por muitos anos na YCT.”
Perguntado sobre como se sentia sendo um representante da comunidade LGBT dentro da Ortodoxia americana, Atwood respondeu que ele sentia "essa responsabilidade muito fortemente" e que se e ele não pretendia se tornar um símbolo, esperava que pudesse se tornar ao menos "uma presença rabínica para os [judeus] LGBT e para os judeus de todos os tipos, quaisquer que sejam suas orientações, e que se sentem deixados de fora.”
O noivo de Atwood, Judah Gavant, disse à JTA que ele tem muito orgulho tanto de seu parceiro como "de toda a nossa comunidade" e que a ordenação de Atwood era parte do processo de "levar as coisas adiante e construir um mundo judaico que esteja disponível para mais pessoas que desejam ser parte dele.”
Esse processo, que tem um capítulo tão importante escrito agora, está apenas ensaiando seu primeiro passo e ainda precisa avançar muito para que a inclusão LGBT possa ser considerada realmente consolidada. Os oponentes não se rendem facilmente, mas o projeto civilizatório segue avançando.
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