Sobrinho do primeiro ministro de Cingapura se casa com outro homem
Li Huanwu, o sobrinho gay do primeiro ministro de Cingapura, se casa com parceiro
Com informações de Adam Maidment
para o Portal Pink News
Contudo, os ativistas esperam que a descriminalização da homossexualidade na Índia inspire Cingapura a seguir nos mesmos passos, uma vez que ambos os países herdaram essas leis do antigo império britânico com seus códigos vitorianos de conduta. Além da Índia, nesse mês de maio, o Taiwan deu um fantástico exemplo de respeito aos direitos fundamentais de sua população LGBT, quando legalizou o casamento homoafetivo - o que o coloca anos-luz à frente de Cingapura no tocante aos direitos que devem caracterizar qualquer sociedade que pretenda ser justa e igualitária.
E no Brasil, o Supremo Tribunal Federal deu uma aula de cidadania e interpretação da Constituição brasileira (humanista, como ela é), quando 6 dos 11 ministros que já votaram a criminalização da homofobia decidiram por declarar a homofobia e transfobia como crimes qualitativamente equivalentes ao racismo. Foi uma GRANDE VITÓRIA para os Direitos Humanos no Brasil. Veja mais aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2019/05/stf-e-homofobia-seis-votos-contra-o.html
Com informações de Adam Maidment
para o Portal Pink News
https://www.thepinknews.com/2019/05/24/li-huanwu-gay-nephew-of-singapore-prime-minister-marries-partner/
Traduzido e adaptado por Sergio Viula
Li Huanwu, sobrinho do atual primeiro ministro de Cingapura Lee Hsien Loong e neto de Lee Kuan Yew, que também foi primeiro ministro de Cingapura anteriormente, casou-se com seu parceiro na cidade de Cape Town, na África do Sul.
Huanwu e seu parceiro Heng Yirui compartilharam a notícia de seu casamento no dia 24 de maio, quinta-feira.
Numa postagem no Instagram, seu (agora) marido, o Dr. Yirui, que trabalha como veterinário, escreveu: “Hoje, eu me caso com minha alma gêmea. Ansioso por uma vida de momentos como este com @hero.unit.”
Traduzido e adaptado por Sergio Viula
Os noivos Li Huanwu e Heng Yirui anunciaram seu casamento na cidade de Cape Town. (@Hengyirui/Instagram)
Li Huanwu, sobrinho do atual primeiro ministro de Cingapura Lee Hsien Loong e neto de Lee Kuan Yew, que também foi primeiro ministro de Cingapura anteriormente, casou-se com seu parceiro na cidade de Cape Town, na África do Sul.
Huanwu e seu parceiro Heng Yirui compartilharam a notícia de seu casamento no dia 24 de maio, quinta-feira.
Numa postagem no Instagram, seu (agora) marido, o Dr. Yirui, que trabalha como veterinário, escreveu: “Hoje, eu me caso com minha alma gêmea. Ansioso por uma vida de momentos como este com @hero.unit.”
Instagram: https://www.instagram.com/p/Bx10MESB7_1/
O casal foi fotografado durante uma exuberante exibição em Cape Town, com um elefante ao fundo.
Huanwu também compartilhou informações sobre a cerimônia juntamente com fotos do casal desfrutando momentos especiais em Cape Town.
As fotos, que retratavam o casal abraçado e com um cachorro carregando as duas alianças de casamento no focinho, foram postadas no Facebook com a legenda: "Safari antes dos nosso grande dia. #lovewins” (tradução da hashtag O Amor Vence)
O casal foi fotografado durante uma exuberante exibição em Cape Town, com um elefante ao fundo.
Huanwu também compartilhou informações sobre a cerimônia juntamente com fotos do casal desfrutando momentos especiais em Cape Town.
As fotos, que retratavam o casal abraçado e com um cachorro carregando as duas alianças de casamento no focinho, foram postadas no Facebook com a legenda: "Safari antes dos nosso grande dia. #lovewins” (tradução da hashtag O Amor Vence)
Facebook: https://www.facebook.com/lightbringer.li/posts/10162139521540037
Yirui também postou no Facebook dizendo: “Hoje eu me caso com a minha alma gêmea. A jornada tem sido maravilhosa com o amor e apoio de nossos amigos e familiares.
“Eis uma vida de companheirismo amoroso e de satisfação!”
Yirui também postou no Facebook dizendo: “Hoje eu me caso com a minha alma gêmea. A jornada tem sido maravilhosa com o amor e apoio de nossos amigos e familiares.
“Eis uma vida de companheirismo amoroso e de satisfação!”
Facebook: https://www.facebook.com/heng.yirui/posts/10156466296876194
Li Huanwu manda um recado que só entende plenamente quem já esteve no armário e saiu dele convicto de seu direito à livre expressão e autonomia: “A vida é mais do que a escuridão do armário”.
Huanwu saiu do armário em julho do ano passado (2018), durante uma exibição LGBT que coincidia com o evento conhecido como Pink Dot Pride em Cingapura.
O casal no Parque Nacional Mana Pools em Cape Town. (Li Huanwu/Facebook)
Li Huanwu manda um recado que só entende plenamente quem já esteve no armário e saiu dele convicto de seu direito à livre expressão e autonomia: “A vida é mais do que a escuridão do armário”.
Huanwu saiu do armário em julho do ano passado (2018), durante uma exibição LGBT que coincidia com o evento conhecido como Pink Dot Pride em Cingapura.
Fonte: https://www.pinknews.co.uk/2018/07/23/singapore-grandson-founding-father-comes-out-gay-li-huanwu/
É inegável que esse gesto foi um avanço e um desafio.
Em 2013, o evento Pink Dot sofreu grandes pressões e até perseguição em Cingapura - um país próspero e pacífico que ainda mantém uma mentalidade criminalizadora da homoafetividade.
Em 04 de julho de 2013, o Blog Fora do Armário reverberou a notícia de que Cingapura estava recorrendo a uma lei centenária para perseguir a comunidade LGBT. Nesse mesmo dia, também reverberamos que pela primeira vez um político influente e gay saía do armário, demonstrando disposição para resistir às pressões e encorajar a comunidade LGBT daquele país. Depois disso, chegou-nos a notícia de que religiosos fanáticos estavam fazendo pressão para que as pessoas fossem coibidas em seu direito humano de se manifestar no que diz respeito à sua orientação sexual e identidade de gênero.
Diante de tudo isso, o gesto monumental de Li Huanwu ganha ainda mais relevância! Sobrinho do primeiro ministro atual de Cingapura, ele estabelece um marco na luta pela livre expressão da homoafetividade naquele país, ainda que tenha se casado fora dele. Sua linda terra-natal, infelizmente, ainda engatinha com preguiça e sem vontade no tocante aos direitos LGBT.
“Para a comunidade LGBT, não é menos que um sonho compartilhar as mesmas dignidades humanas que vocês [desfrutam], para que vivenciem vidas plenas e prósperas," postou ele no Facebook depois do evento.
“Se você é um membro da comunidade LGBT no armário, eu o conclamo a sair. Espero que você possa deixar para trás as barricadas de segurança e as checagens de identidade e enxergar – ainda que por uma tarde apenas – que a vida é mais do que a escuridão do armário, que existem pessoas lá fora que se importam."
“E, finalmente, se você é um membro assumido da comunidade LGBT, você tem uma responsabilidade moral de sair. Se você não defender a si mesmo, você não pode esperar que outros lutem por você. Esse é seu dever moral.”
Relações homossexuais ainda são ilegais em Cingapura, sob a Seção 377A do Código Penal de Cingapura. E em entrevista anterior ao portal Pink News, a ativista Rachel Yeo disse que "definitivamente, é preciso ter pele espessa para ser LGBT+ no país."
PinkNews: https://www.pinknews.co.uk/2018/08/20/singapore-lgbt-reality-check/
É inegável que esse gesto foi um avanço e um desafio.
Em 2013, o evento Pink Dot sofreu grandes pressões e até perseguição em Cingapura - um país próspero e pacífico que ainda mantém uma mentalidade criminalizadora da homoafetividade.
Em 04 de julho de 2013, o Blog Fora do Armário reverberou a notícia de que Cingapura estava recorrendo a uma lei centenária para perseguir a comunidade LGBT. Nesse mesmo dia, também reverberamos que pela primeira vez um político influente e gay saía do armário, demonstrando disposição para resistir às pressões e encorajar a comunidade LGBT daquele país. Depois disso, chegou-nos a notícia de que religiosos fanáticos estavam fazendo pressão para que as pessoas fossem coibidas em seu direito humano de se manifestar no que diz respeito à sua orientação sexual e identidade de gênero.
Diante de tudo isso, o gesto monumental de Li Huanwu ganha ainda mais relevância! Sobrinho do primeiro ministro atual de Cingapura, ele estabelece um marco na luta pela livre expressão da homoafetividade naquele país, ainda que tenha se casado fora dele. Sua linda terra-natal, infelizmente, ainda engatinha com preguiça e sem vontade no tocante aos direitos LGBT.
“Para a comunidade LGBT, não é menos que um sonho compartilhar as mesmas dignidades humanas que vocês [desfrutam], para que vivenciem vidas plenas e prósperas," postou ele no Facebook depois do evento.
“Se você é um membro da comunidade LGBT no armário, eu o conclamo a sair. Espero que você possa deixar para trás as barricadas de segurança e as checagens de identidade e enxergar – ainda que por uma tarde apenas – que a vida é mais do que a escuridão do armário, que existem pessoas lá fora que se importam."
“E, finalmente, se você é um membro assumido da comunidade LGBT, você tem uma responsabilidade moral de sair. Se você não defender a si mesmo, você não pode esperar que outros lutem por você. Esse é seu dever moral.”
Relações homossexuais ainda são ilegais em Cingapura, sob a Seção 377A do Código Penal de Cingapura. E em entrevista anterior ao portal Pink News, a ativista Rachel Yeo disse que "definitivamente, é preciso ter pele espessa para ser LGBT+ no país."
PinkNews: https://www.pinknews.co.uk/2018/08/20/singapore-lgbt-reality-check/
Contudo, os ativistas esperam que a descriminalização da homossexualidade na Índia inspire Cingapura a seguir nos mesmos passos, uma vez que ambos os países herdaram essas leis do antigo império britânico com seus códigos vitorianos de conduta. Além da Índia, nesse mês de maio, o Taiwan deu um fantástico exemplo de respeito aos direitos fundamentais de sua população LGBT, quando legalizou o casamento homoafetivo - o que o coloca anos-luz à frente de Cingapura no tocante aos direitos que devem caracterizar qualquer sociedade que pretenda ser justa e igualitária.
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E no Brasil, o Supremo Tribunal Federal deu uma aula de cidadania e interpretação da Constituição brasileira (humanista, como ela é), quando 6 dos 11 ministros que já votaram a criminalização da homofobia decidiram por declarar a homofobia e transfobia como crimes qualitativamente equivalentes ao racismo. Foi uma GRANDE VITÓRIA para os Direitos Humanos no Brasil. Veja mais aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2019/05/stf-e-homofobia-seis-votos-contra-o.html
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