Seminarista é enviada para sítio de cura gay
Por Sergio Viula
Uma matéria publicada pela UOL (Universa - https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/03/01/me-apaixonei-por-uma-mulher-achei-que-estava-possuida-e-tentei-cura-gay.htm), no último dia 01 de março, trouxe a história de Claudia Baccile, uma jovem que era seminarista e foi enviada para um sítio de cura gay. O título da matéria já entrega o babado: "Me apaixonei por uma mulher e a igreja me mandou para um sítio de cura gay".
A moça conta que se converteu por influência da avó e revela que desde nova já se interessava por meninas e que considerava esses como sendo influenciados pelo diabo - coisa que as igrejas geralmente inculcam e continuamente reforçam na cabeça daqueles que lhes dão ouvidos. Quando o indivíduo é criança ou adolescente, o impacto dessa pregação demonizadora dos afetos geralmente gera resultados extremamente nocivos para a a psiquê dessas pessoas.
Uma vez identificada como homossexual, bissexual ou transgênera, a pessoa LGBT vai ser monitorada, manipulada e convencida de que precisa de ajuda, de que a igreja pode e sabe como ajudá-la, e que a "cura" ou "libertação" é possível. Essa violência, já naturalizada em tantos espaços eclesiásticos e familiares, pode gerar danos ainda maiores quando essas pessoas são submetidas ao que se convencionou chamar popularmente de "cura gay".
Informação é a melhor maneira de acabar com a ignorância, que é comprovadamente a maior aliada do fanatismo e do preconceito.
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