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Um de vocês quer só diversão, mas outro...

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Por Sergio Viula - 12/03/2023 É uma aposta certa: Fale sobre os riscos envolvidos em encontros por aplicativos de namoro e logo haverá uma dezena de pessoas dizendo que não é nada disso. O inferno é sempre o negacionismo dos outros, não é verdade? Se existe algo de negativo, perigoso ou até mortal numa coisa que eu gosto, só pode ser mentira ou exagero. Não é exatamente assim que funciona com todo negacionista? Acredite ou não, existem negacionistas no reino dos aplicativos. São aqueles que juram que o Tinder, Gindr e outros são os melhores amigos do homem. O argumento mais usado é: "Eu já encontrei com pessoas via app e nunca me aconteceu nada." Outro muito comum é: "Eu conheço gente que se conheceu pelos apps de encontros e está namorando pra valer até hoje ou já está até casada agora."  Isso não chega nem a ser um argumento de fato. É como dizer: "Eu já transei sem camisinha várias vezes e nunca peguei nada. Logo, transar sem camisinha não é arriscado."

Não precisa ser um gênio...


 


Hoje (17/05), celebra-se o Dia Internacional de Combate à Homofobia, que, na verdade, visa a combater todo o tipo de preconceito por orientação sexual ou identidade de gênero que geralmente atingem a comunidade LGBTQIA+ em alguma medida.


O Brasil já deu passos muito importantes na direção da eliminação do preconceito e da discriminação LGBTfóbica, apesar de ainda haver muito trabalho a ser feito, especialmente na inclusão de pessoas travestis e transexuais no mercado de trabalho, só para citar uma das metas mais urgentes. 


A pior homofobia é a de casa


Nesse exato momento, crianças e adolescentes estão sofrendo algum ataque LGBTfóbico, seja na família, na escola, no seu círculo religioso ou na sua vizinhança. Se você é LGBT, você sabe exatamente do que estou falando. 


É preciso que a homofobia seja eliminada dentro de casa mais do que em qualquer outro lugar, mas é possível que aquela criança LGBT cresça sem jamais ver sua família evoluir para fora dessa mentalidade ignorante e mesquinha. 


Muitas pessoas, especialmente, homens gays, me procuram nas minhas redes sociais para desabafar sobre isso. Meu conselho é o seguinte: arrume um emprego, poupe algum dinheiro, alugue qualquer cantinho e vá morar por conta própria. Se sua família mudar de atitude e passar a respeitar você como você merece, ótimo - será possível haver amizade a harmonia. Se isso não acontecer, siga sua vida e construa sua própria família, do seu jeito e com o amor incondicional que você sempre quis receber, mas não conseguiu.


Conversar com um psicólogo ou uma psicóloga preparado para lidar com questões que são atravessadas pelo preconceito LGBTfóbico é muito importante. A Universidade Federal de Santa Catarina oferece esse serviço gratuitamente. Saiba mais aqui: 

https://noticias.ufsc.br/2021/02/incricoes-abertas-para-grupos-de-escuta-e-acolhimento-a-pessoas-lgbt/


Combata a homofobia em seu reduto mais disfarçado: dentro de si mesmo. Não aceite os cabrestos que a família, a religião e a sociedade mais ampla - todas heteronormativas - colocaram em você desde cedo. Vá viver, porque a vida passa rápido.



Fiz mais um aniversário há dois sábados (08/05).
Sabe de onde veio esse bolo lindo?

Dos meus alunos de sábado de manhã, acreditam?


Liberdade é isso: Ser você mesmo e cercar-se de gente que curte o teu jeito de ser. 

E quem não gostar sempre pode mudar de canal. 🤣🤣🤣🤣



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