Por Sergio Viula
Foto de um casal participante da Parada LGBT de Copacabana 2017 - enviada pelo meu amigo Claudio Pfeil via Whatsapp.
A 22ª Parada LGBTI do Rio de Janeiro, celebrada em Copacabana ontem, dia 19 de novembro de 2017, foi simplesmente maravilhosa!
Depois de muito trabalho para conseguirem organizar e executar a Parada do Rio, o Grupo Arco-Íris e seus parceiros saíram vitoriosos - o evento lotou a Avenida Atlântica e chamou a atenção da mídia nacional e internacional. Lá fora, jornais como o The Independent (Inglaterra) e The New York Times (EUA), entre muitos outros, tanto em inglês como em outros idiomas, deram destaque ao caráter de resistência que a Parada LGBTI do Rio de Janeiro construiu ao longo dos embates com a prefeitura de Marcelo Crivella, sobrinho de Edir Macedo e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.
Aliás, o primeiro ano de Crivella na prefeitura da cidade do Rio de Janeiro tem sido um desastre em muitos sentidos, especialmente no campo da cultura e do entretenimento, mas também na área da saúde e de outros serviços públicos.
Só mais um detalhe a respeito do im-prefeito:
Eliseu Neto chamou atenção, via Facebook, para o fato de não ter sido publicada uma nota sequer sobre a Parada do Orgulho LGBTI do Rio pela Coordenadoria da Diversidade Sexual do Rio (CEDS-Rio), encabeçada por um "gay assumido", mas sob o comando maior do bispo. Isso é muito sintomático, especialmente em face da grandeza do evento e de sua repercussão dentro e fora do país.
Deixando o "prefake" Crivella, como ele tem sido chamado por diversos usuários das redes sociais, de lado, falemos do sucesso que foi a Parada da Resistência.
Primeiramente, foi gratificante ver uma empresa do porte do UBER apoiar a Parada. Um avião passou diversas vezes ao longo do evento em frente à orla de Copacabana com a frase "O AMOR NOS CONECTA", assinada pelo UBER. Além disso, um carro de som com a marca da empresa e seu apoio à Parada ajudou a manter o clima de festa, inclusive transportando majestosamente a rainha Daniela Mercury e sua esposa Malu - ambas celebradas na abertura da Parada com o Prêmio Arco-Íris de Direitos Humanos.
Várias celebridades da área musical prestigiaram o evento sem cobrar cachê. Além da própria Daniela Mercury, tivemos Valesca Popuzada, Preta Gil, Lexa, Iza, Pabblo Vittar, além de várias drag queens cantoras, cujos nomes não pude anotar, e peço perdão pela falha.
Parabéns a todos os envolvidos, especialmente Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves, vice-presidente, Júlio Moreira, Diretor Sócio-Cultural, Fábio Manhães, Diretor, Lilian Motta, Secretária, e Cláudio Nascimento, sempre atuante no Grupo Arco-Íris, mesmo depois de deixar de ser presidente da ONG há alguns anos.
Parabéns também ao Vereador David Miranda pelo apoio maciço à Parada.
Parabéns ao Deputado Estadual Carlos Minc, presente a 18 paradas do Rio, incluindo essa, e que fez um discurso excelente (veja abaixo):
Ano que vem, a Parada será no dia 24 de junho, segundo anúncio dos organizadores, inclusive com placas nos carros de som.
A Parada do Orgulho LGBTI do Rio agora faz parte do calendário oficial da cidade, tendo sido incluída através da aprovação de uma proposta de autoria do Deputado Carlos Minc.
Essa foi uma grande vitória para a comunidade LGBT, para quem as Paradas, são um patrimônio cultural, um movimento político-social e um evento festivo - tudo ao mesmo tempo.
Veja a notícia publicada pelo O Globo em 19/10/17 sobre o reconhecimento oficial do Dia 28 de Junho como o Dia do Estadual do Orgulho e da Cidadania LGBT: O Globo.
Então, no dia 24 de junho de 2018, o último domingo do mês, você tem um encontro marcado com o Orgulho e a Cidadania LGBT na Avenida Atlântica.
Programe-se porque a data agora é pra valer! ;)
Andre e eu celebrando o amor na concentração para a 22ª Parada do Orgulho LGBTI do Rio.
Foto do perfil de Alexandre Nabor no Facebook
Foto do perfil de Fernanda Machado no Facebook
Comentários
Postar um comentário
Deixe suas impressões sobre este post aqui. Fique à vontade para dizer o que pensar. Todos os comentários serão lidos, respondidos e publicados, exceto quando estimularem preconceito ou fizerem pouco caso do sofrimento humano.