Ministro da Educação de Israel recua e condena "cura gay"
Depois de manifestações contra sua fala anterior, Ministro da Educação de Israel recua e condena "cura gay"
Ministro da Educação Rafi Peretz na foto
Originalmente publicado por Pink News
Traduzido por Sergio Viula
Membros da comunidade LGBT seguram um cartaz dizendo em hebraico: "Um homofóbico racista tem que renunciar" durante uma manifestação contra as declarações feitas pelo Ministro da Educação Rafi Peretz sobre "terapias de conversão" para gays, na cidade costeira de Tel Aviv em 14 de julho de 2019. (JACK GUEZ/AFP/Getty)
O Ministro da Educação de Israel Rafi Peretz declara que se opõe à "cura gay", depois que manifestantes LGBT+ exigiram sua renúncia por comentários apoiando tais práticas.
O político de ultra-direita, cujo partido é parte de um pacto com o Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu, despertou fúria depois de alegar que "é possível converter" a orientação sexual de alguém.
Numa entrevista para o Canal 12 (em Israel) durante o final de semana passado, o ex-professor declarou: “Eu tenho um entendimento muito profundo sobre esse tipo de educação e já fiz isso (com alunos)", explicando: "O objetivo é antes de tudo que ele possa conhecer a si mesmo... e então decidir.”
Porém, numa carta publicada na terça-feira, 16 de julho, o ministro reverteu essa declaração, alegando que ele agora acredita que as "terapias de conversão" não funcionam e que ele nunca tentou curar ninguém.
Terapia de "cura gay" é inválida e errada, diz o ministro que a apoiava apenas três dias antes.
De acordo com o jornal The Times of Israel, ele explicou: “Durante meus anos como educador, eu fui questionado em várias ocasiões sobre questões de preferência sexual. Eu sempre ouvi cuidadosamente os desafios trazidos a mim e algumas vezes encorajei consultas a profissionais.
https://www.pinknews.co.uk/2019/07/17/israel-education-minister-rows-back-support-gay-cure-therapy/
Traduzido por Sergio Viula
Membros da comunidade LGBT seguram um cartaz dizendo em hebraico: "Um homofóbico racista tem que renunciar" durante uma manifestação contra as declarações feitas pelo Ministro da Educação Rafi Peretz sobre "terapias de conversão" para gays, na cidade costeira de Tel Aviv em 14 de julho de 2019. (JACK GUEZ/AFP/Getty)
O Ministro da Educação de Israel Rafi Peretz declara que se opõe à "cura gay", depois que manifestantes LGBT+ exigiram sua renúncia por comentários apoiando tais práticas.
O político de ultra-direita, cujo partido é parte de um pacto com o Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu, despertou fúria depois de alegar que "é possível converter" a orientação sexual de alguém.
Numa entrevista para o Canal 12 (em Israel) durante o final de semana passado, o ex-professor declarou: “Eu tenho um entendimento muito profundo sobre esse tipo de educação e já fiz isso (com alunos)", explicando: "O objetivo é antes de tudo que ele possa conhecer a si mesmo... e então decidir.”
Porém, numa carta publicada na terça-feira, 16 de julho, o ministro reverteu essa declaração, alegando que ele agora acredita que as "terapias de conversão" não funcionam e que ele nunca tentou curar ninguém.
Terapia de "cura gay" é inválida e errada, diz o ministro que a apoiava apenas três dias antes.
De acordo com o jornal The Times of Israel, ele explicou: “Durante meus anos como educador, eu fui questionado em várias ocasiões sobre questões de preferência sexual. Eu sempre ouvi cuidadosamente os desafios trazidos a mim e algumas vezes encorajei consultas a profissionais.
Fonte: https://www.timesofisrael.com/liveblog_entry/peretz-walks-back-conversion-therapy-comment-calls-practice-invalid-and-wrong/
“Eu sei que a terapia de conversão é inválida e errada. Essa é minha posição inequívoca."
“Eu entendo que esse é um tratamento invasivo, que é danoso para a psiquê humana, causando mais sofrimento do que alívio àqueles submetidos a ele e podendo até colocar a vida dessas pessoas em risco e levar a tendências suicidas."
Os comentários dele alcançaram proporções internacionais, com o Primeiro Ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, um dos três líderes mundiais assumidamente gays que estão boicotando um evento na embaixada israelense em protesto.
Primeiro Ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, participa de boicote a evento produzido pela Embaixada de Israel depois das declarações de Peretz defendendo as "terapias de conversão".
O Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu também deixou claro que as declarações de Peretz eram “inaceitáveis”.
Ele deixou claro: “As declarações do ministro da educação sobre a comunidade [LGBT] são inaceitáveis para mim e não refletem a posição do governo que eu lidero.”
O grupo LGBT+ A Wider Bridge (Uma Ponte Mais Larga) disse: "A Terapia de conversão é amplamente desacreditada por todas as principais organizações de saúde como geradora de grandes danos à pessoas LGBTQ, particularmente jovens LGBTQ, aumentando o risco de uso de drogas, depressão, e suicídio para quem é submetido, além de outros efeitos danosos."
Eles continuam:
"Que Peretz tenha feito essa declaração como chefe do Ministério da Educação – responsável por equipar a próxima geração de israelitas com o conhecimento e as ferramentas para construírem um futuro mais forte, mais inclusivo, para seu país – é ainda mais perigoso.
“Temos orgulho de apoiar nossos parceiros em Israel que estão na linha de frente confrontando a terapia de conversão e trabalhando para avançar o currículo LGBTQ e visibilidade."
“Exortamos Benjamin Netanyahu a demitir Rafi Peretz, e indicar um novo Ministro da Educação que se comprometa a apoiar a juventude LGBTQ israelense.”
“Eu sei que a terapia de conversão é inválida e errada. Essa é minha posição inequívoca."
“Eu entendo que esse é um tratamento invasivo, que é danoso para a psiquê humana, causando mais sofrimento do que alívio àqueles submetidos a ele e podendo até colocar a vida dessas pessoas em risco e levar a tendências suicidas."
Ministro da Educação Rafi Peretz chega à reunião semanal de gabinete
em Jerusalém em 14 de julho de 2019.
(RONEN ZVULUN/AFP/Getty)
Os comentários dele alcançaram proporções internacionais, com o Primeiro Ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, um dos três líderes mundiais assumidamente gays que estão boicotando um evento na embaixada israelense em protesto.
Primeiro Ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel
O Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu também deixou claro que as declarações de Peretz eram “inaceitáveis”.
Ele deixou claro: “As declarações do ministro da educação sobre a comunidade [LGBT] são inaceitáveis para mim e não refletem a posição do governo que eu lidero.”
Defendendo e patrocinando os direitos
e a comunidade LGBTQ em Israel
https://awiderbridge.org/
O grupo LGBT+ A Wider Bridge (Uma Ponte Mais Larga) disse: "A Terapia de conversão é amplamente desacreditada por todas as principais organizações de saúde como geradora de grandes danos à pessoas LGBTQ, particularmente jovens LGBTQ, aumentando o risco de uso de drogas, depressão, e suicídio para quem é submetido, além de outros efeitos danosos."
Eles continuam:
"Que Peretz tenha feito essa declaração como chefe do Ministério da Educação – responsável por equipar a próxima geração de israelitas com o conhecimento e as ferramentas para construírem um futuro mais forte, mais inclusivo, para seu país – é ainda mais perigoso.
“Temos orgulho de apoiar nossos parceiros em Israel que estão na linha de frente confrontando a terapia de conversão e trabalhando para avançar o currículo LGBTQ e visibilidade."
“Exortamos Benjamin Netanyahu a demitir Rafi Peretz, e indicar um novo Ministro da Educação que se comprometa a apoiar a juventude LGBTQ israelense.”
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