Vila Espanhola reage à coerção feita ao prefeito com bandeiras do arco-íris

Vila Espanhola desafia o prefeito 
em defesa da população LGBT


Quando a polícia ordenou que o prefeito de uma cidade no sul da Espanha retirasse a bandeira do arco-íris hasteada para celebrar o Orgulho LGBT+ na sexta-feira, porque era ilegal, mais de 300 casas da vila mostraram seu apoio à causa, pendurando suas próprias bandeiras do arco-íris.


A informação vem da agência Reuters.
https://www.reuters.com/article/us-spain-lgbt-flags/spanish-village-makes-its-own-rainbow-after-councils-gay-pride-flag-banned-idUSKBN23Z0RX



Uma mulher passa pelas bandeiras do arco-íris 
colocadas numa rua durante o Dia Internacional do Orgulho LGBT, 
em Villanueva de Algaidas, sul da Espanha, no dia 28 de junho de 2020.

Foto: REUTERS/Jon Nazca



Quando chegou o dia das celebrações do Orgulho LGBT na Espanha no domingo passado, a vila andaluza de Villanueva de Algaidas, perto de Málaga, foi inundada de bandeiras penduradas nas varandas, janelas e até num bar. O gesto foi uma resposta solidária ao prefeito e à comunidade LGBT+ na vila.

Juan Civico, um prefeito socialista que administra a vila com seus 4.000 habitantes, só descobriu que as autoridades estavam proibidas de hastear bandeiras que não fossem oficiais, ou seja, da Espanha, suas regiões e da União Europeia, quando colocou uma no prédio da prefeitura. A questão foi levantada quando três pessoas deram queixa do prefeito.

“Depois das queixas, estudamos o que devíamos fazer. Nós vimos que sob a lei, tínhamos que remover a bandeira. Mas as pessoas podem colocar o que quiserem em suas varandas", disse Civico.

Logo em seguida, Antonio Carlos Alcántara, que tem uma loja no litoral de Torremolinos, a 62 km de distância da vila em questão, decidiu publicar na página do Facebook da Câmara Municipal uma mensagem anunciando que se alguém de Villanueva de Algaidas quisesse hastear uma bandeira do arco-íris, poderia falar com ele. Depois disso, Antonio recebeu 100 pedidos de bandeiras, mas antes que o Dia do Orgulho LGBT+, ele acabou vendendo outras 300 depois de dirigir até a vila.

Por causa disso, o pacato vilarejo foi dominado pelas cores do arco-íris.

Piedad Queralta, que pendurou duas bandeiras em sua casa, disse o seguinte:

“Eu acho que as pessoas deveriam ser livres para amar quem elas quiseram desde que isso não prejudique ninguém", disse ela.

Em 2005, a Espanha se tornou o terceiro país do mundo a legalizar o casamento homoafetivo, depois da Holanda e da Bélgica.

Um relatório de 2013 reportou que uma pesquisa feita pelo Pew Research Center (sediado nos EUA) descobriu que 88% dos espanhóis aceitavam a homossexualidade, o que tornava o país um dos mais inclusivos dos 39 pesquisados.

Antonio Ferre, da Federação da Diversidade Andaluza LGBT+, disse que a iniciativa dos moradores da vila foi "especialmente comovente".

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