
As cores da bandeira LGBT coloriram o Complexo da Maré no domingo, 13 de junho de 2010.
Na realização da 2ª Parada Gay da Maré, os organizadores pediram o fim da violência contra a população LGBT e reivindicaram a criação de uma delegacia especializada para atendimento a lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans.
— A cada dia, dois gays são mortos no estado do Rio. Mas esses casos são registrados apenas como homicídios comuns, sem identificação da motivação homofóbica. Não temos estatísticas específicas dessa violência. Por isso, pedimos a criação da delegacia LGBT, que já foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio, mas ainda não foi sancionada pelo governo — explicou a transexual Loren Alexandre, uma das organizadoras do evento.
Para Sabrina Homs, 35 anos, mulher trans que trabalha com programas, estar na parada é mais do que um ato político — é uma forma de reivindicar dignidade:
— Sou tratada com muito preconceito. Espero que as pessoas nos respeitem e que possamos ter uma vida melhor, com mais dignidade — afirmou.
A expectativa do Grupo Maré Contra o Preconceito era reunir 50 mil pessoas na manifestação, que aconteceu às margens da Avenida Brasil, na altura de Manguinhos. Dois trios elétricos animaram o público com muito funk e axé até a meia-noite. Durante o evento, voluntários distribuíram preservativos e folhetos informativos sobre ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
Segundo a organização, a estimativa de público foi de 40 mil pessoas entre 15h e 22h.
A principal bandeira deste ano foi a instalação da delegacia especializada no combate à violência contra pessoas LGBT, diante da alarmante estatística: dois homossexuais são assassinados por dia no estado do Rio de Janeiro.
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