
A alta corte ugandense proibiu que veículos de comunicação exponham pessoas gays, ou seja, "tira-las do armário". A decisão foi tomada três meses depois que o tabloide local The Rolling Stone - que não tem qualquer relação com a revista americana de mesmo nome - publicou uma lista de pessoas alegadamente gays. A reportagem também incentivava os leitores a denunciarem essas pessoas à polícia.
Descrita como um marco na justiça, de acordo com os grupos de direitos gays, a decisão ainda mantém atos homossexuais como ilegais em Uganda. O jornal ugandense lançou uma campanha para expor os gays em outubro com o artigo mencionado acima. Ele alegava que os gays tinham planos para recrutar um milhão de "crianças inocentes" até 2012.
Fonte: https://www.advocate.com/news/daily-news/2011/01/03/uganda-court-bans-outings-media
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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO
É uma vitória importante, mas ainda muito restrita. Os homossexuais ugandenses precisam ter TODOS os direitos civis (leiam-se humanos) garantidos pela Constituição do país.
Outra pergunta que não quer calar:
De quem parece ser esse discurso sobre "recrutamento de crianças inocentes"? Isso não soa como discurso homofóbico de gente como Silas Malafaia, Rozângela Justino, Magno Malta e outros da mesma estirpe?
Não é coincidência. Uma equipe do James Dobson, o papa desses evangélicos homofóbicos para assuntos relacionados à sexualidade, esteve no país disseminando mensagens homofóbicas e oferecendo "apoio" às igrejas que se aliassem à cruzada deles pouco antes dessa onda de acirrada homofobia.
nessas horas que eu digo: por pior que seja o brasil sil sil, tivemos sorte!
ResponderExcluirmeus sentimentos ao povo de Uganda
O Brasil melhorou, mas a gente não pode esquecer daquela primeira militância que não contava com qualquer garantia senão a da cadeia e do isolamento social, e que mesmo assim avançou na luta por direitos civis.
ResponderExcluirGraças a essa galera do SOMOS, e de outros depois deles, é que desfrutamos de um país mais maduro no que diz respeito às liberdades civis e à diversidade, inclusive a diversidade sexual. Mas ainda há o que fazer. Ainda há muita coisa para conquistar até que possamos dizer: o Brasil superou a homofobia e incluiu plenamente seus filhos LGBT.
Compartilho contigo, Serginho, do sentimento de solidariedade por Uganda.
Abraço grande,
Sergio Viula