"Alejandro": o ex que a gente nunca teve, mas insiste em sofrer por ele mesmo assim 💔💃🏼⚔️
Se você nunca olhou pro nada com cara de quem tá lembrando de um boy que provavelmente nunca existiu enquanto ouvia Alejandro, será que você já viveu de verdade?
Vamos começar do começo: Lady Gaga. Rainha do drama performático, padroeira dos gays de alma barroca e sacerdotisa oficial dos clipes que misturam moda, sexualidade, religião e uma pitada de "será que eu entendi ou só tô deslumbrado com os dançarinos de salto alto?". (Spoiler: as duas coisas.)
Em Alejandro, Gaga não entrega só um hit. Ela entrega um exército de dor fashionista, um velório conceitual, um romance impossível com três latinos fictícios, e uma freira de PVC que parece ter saído direto de um delírio erótico-teológico. Tudo isso embalado numa batida que faria até Madre Teresa bater o pezinho.
Mas o que tem nesse Alejandro, minha gente?
Tem Fernando, Roberto… e aquele ranço delicioso por homens que a gente ama, mas que não nos pertencem. Spoiler: geralmente são gays, héteros emocionalmente indisponíveis ou italianos que somem sem dar bom dia. (Alejandro, você me paga.)
Gaga nos dá uma aula de militância estética. Ela representa gays reprimidos, desejo interditado, religião sufocante — tudo enquanto simula sexo com soldados e recita "Stop, please, just let me go" com o drama de quem teve o coração arrancado e jogado num altar iluminado por holofotes.
Tem gente que diz: “Mas não faz sentido!”. Amore, se você tá procurando sentido num clipe em que dançarinos de sunga fazem marcha fúnebre enquanto Gaga engole um terço… você não entendeu nada. O clipe é um estado de espírito. Um lamento pop. Um grito fashion pela liberdade — sexual, afetiva e criativa.
E cá entre nós: quem nunca teve um Alejandro na vida? Aquele que mexeu com a nossa cabeça, mas não retribuiu com a mesma intensidade. Aquele que a gente jura que superou, mas basta tocar os primeiros acordes pra descer uma lágrima glamourosa com glitter preto.
Alejandro é sobre amar o inatingível. É sobre querer o que não se pode ter. É sobre transformar o próprio drama em performance e sair por cima — de salto, claro.
Então da próxima vez que bater aquela saudade do que não foi, coloca o clipe, aumenta o volume e grita junto:
"I’m not your babe, I’m not your babe, Fernando!"
Vai ver o verdadeiro empoderamento pop é esse: saber quando deixar o Alejandro ir… com trilha sonora, coreografia e peito estufado de orgulho.
como dizia o velho guerreiro: "...nada se cria e tudo se copia!"
ResponderExcluirCopiam mesmo. Copiam de Michael Jackson, Madonna, Dolce & Gabbana - como foi o caso dela. Mesmo assim, é belo e controverso. :)
ResponderExcluire Michael Jackson, Madonna, Beatles e Os Rolling Stones copiaram de ELVIS PRESLEY! é como dizem ningúem criou a RODA
ResponderExcluirIsso aí, Bruno! O importante é curtir cada um deles em sua singularidade, apesar de todas as influências herdadas. :)
ResponderExcluirAbraço,
Sergio Viula