
Veja o comunicado. Leia cuidadosamente para evitar interpretações erradas, e se tiver dúvida, não hesite em perguntar. Conversando é que a gente se entende, já diz o ditado.
Ateus e crentes em geral podem estranhar que num post eu critique tão duramente a religião, inclusive o cristianismo, e em outro, dê espaço para uma igreja inclusiva. Isso é muito simples de entender: Nunca defendi a supressão da religião como decreto. Isso é tolice e desrespeita os direitos humanos. Defendo o direito de dizer o que penso sobre aquilo que considero inconsistências do "mundo religioso". Por outro lado, valorizo as ações daqueles que trabalham pela inclusão e pelo esclarecimento. A Comunidade Betel é, na minha opinião, um das igrejas mais esclarecidas que conheço. Eles não têm medo de pensar! Não pregam o fanatismo religioso, não exploram financeiramente o povo, não prometem milagres, não vendem coisas como se fossem ungidas, etc. O pastor não é estrela. Os membros da igreja são engajados na luta pelos direitos dos LGBT, e todos são literalmente bem-vindos, seja o L, o G, o B ou os Ts!!! E a igreja está cheia de gente heterossexual.
Por essas e outras, respeito tanto o povo e o pastor de Betel! E tenho recebido o mesmo tratamento da parte deles, mesmo estando em pólos diferentes no que diz respeito à fé. Cristãos betelenses e um ateu numa relação de amor, respeito e cooperação. Isso não é extraordinário?
Veja o texto-denúncia do Diácono Gustavo:

Minha crítica ao movimento neo-inclusivo me levou aos tribunais. Não somente a mim, mas também o Leandro Rosetti e o Rev. Márcio Retamero, autores deste Blog. Quiseram nos calar, com a desculpa da calúnia, da difamação e de uma pseudo tentativa de cercear a liberdade de culto religioso. Tudo falácia! O processo foi encerrado, arquivado por falta de motivos válidos para prosseguir.
Teve gente vestindo a carapuça da deturpação do Evangelho, o da Inclusão, das doutrinas de multiplicação da desonestidade, do acúmulo ilícito do capital, alheio, claro!
Não podemos nos calar, como grita o Evangelho. Calar é concordar com a balbúrdia e com a exploração e alienação do outro. E o Evangelho de Jesus nos chama para ser sal, luz e libertação nas vidas dos que perecem.
Acusam-nos de fazer uma falsa apologética, baseada na inveja do crescimento, ou inchamento, das neo-igrejas e seus pseudo-evangelhos. Tola acusação! Não dá pra invejar, como crentes em Cristo Jesus, o que é a negação dos valores da vida, a negação da existência e a alienação do mundo. Pois, sabemos,
Cristo nos chamou para plantar os pés no mundo e não para nos perdermos na mística da mentira.
Ontem, no compartilhar comungado de vinhos, petiscos e papos, no santuário de vida da Lapa, me chega a notícia. Notícia esta que encheu meus olhos de lágrima, não de alegria, mas de profunda tristeza.
Sim, é isso mesmo, tem igreja neo-inclusiva na cidade do Rio de Janeiro prometendo curar o HIV, prometendo curar, “pela fé”, os soropositivos.
Agora, imaginam a quantidade de pessoas que podem ser frustradas com essas loucas promessas?! Quanta gente que pode se perder para sempre por conta deste evangelho de faz-de-contas! E quanta gente mais pode vir a se contaminar com o HIV, por acreditar nessas promessas irresponsáveis e
insanas!
É triste, lamentável saber de tanta deturpação e mentira por conta de um desejo egoísta de fama, sucesso e acumulação. É triste saber que lugares que
poderiam estar restaurando vidas, trazendo-as de volta à dignidade, estão egoisticamente pregando a ilusão religiosa e o desligamento da realidade da
vida.
AIDS não tem cura! Como crentes em Cristo devemos falar a verdade, e esta é a verdade. A cura da AIDS depende do empenho e da esponsabilidade de cada um de nós. Depende da prevenção, da luta contra a desinformação e o preconceito.
Antes de se prometer cura milagrosa para uma doença crônica como o HIV seria melhorar promover a cura emocional e espiritual dos portadores da doença, que podem e devem viver dignamente suas vidas, para a honra e glória do seu
Senhor.
Iludir pessoas fragilizadas, machucadas com as chagas sociais da AIDS, em troca de meia hora de poder, de “autoridade espiritual”, e de quinze minutos de fama em programas de TV popularescos, terá um custo. E esta conta será cobrada pelo Senhor, Justo Juiz, que não se deixa escarnecer e não deixa que se escarneça de seus pequeninos.
Promessas como estas são uma afronta à clarificação do entendimento. São um dos motivos para que confundam Igrejas Inclusivas sérias com modelos
deturpados das mesmas. Para que coloquem no mesmo saco de confusões os libertadores e os escravizadores, os que pregam a moral e a ética de Cristo e os falso-moralistas, os que pregam a verdade e os que pregam a ilusão alienante.
Este texto também é um alerta ao Movimento Homossexual Brasileiro. Para que permaneça atento aos desditos e à falta de informação gerados por grupos fundamentalistas que carregam de alguma forma o arco-íris como bandeira.
Isso não pode permanecer assim!
Difícil escrever, mas há de se escrever, pois, o silêncio há de ser cobrado, como omissão e falta de amor. Ainda que haja ameaças, ainda que sejamos
arrastados aos tribunais e perante os magistrados, não nos calaremos! Pois não há ninguém mais pra clamar, somos as próprias pedras que clamam (Lc
19:40), e clamam não por uma reforma, mas por uma revolução na história da Igreja de Jesus Cristo.
Assim profetizo!
Diác. Luiz Gustavo.
www.igrejainclusiva.blogspot.com
Sem dúvida que tem de haver um chamado à razão. Não podemos continuar nesta impunidade de que a pretexto da superior liberdade religiosa se façam as mais infames campanhas completamente criminosas, pela irresponsabilidade e falsidade das suas afirmações e promessas.
ResponderExcluirMelhor seria que as igrejas (todas elas!!!) se preocupassem com qualidade ao invés de quantidade.
Beijos, amigo Sergio
Isso aí, ManDrag! É por aí mesmo: qualidade.
ResponderExcluirVlw pelo comentário, querido.
Abraço grande,
Sergio Viula