1º de abril: uma semana de casado e não é pegadinha

Por Sergio Viula



Amar é juntar as escovinhas de dentes.




Sexta-feira passada, André e eu "juntamos nossas escovinhas de dentes". Inicialmente, havíamos planejado uma viagem do tipo "visita ao namorado", já que era semana de Páscoa. Em contrapartida, eu iria a Belo Horizonte no mês seguinte. Mas, ao longo do mês que antecedia a vinda dele ao Rio, fomos conversando sobre a possibilidade de transformarmos essa visita temporária em estadia permanente.

Pode parecer fácil à primeira vista, mas não foi. Quando a gente mora com os pais, fica muito mais fácil sair de casa e começar uma nova vida em outro lugar. Basta fazer as malas, despedir-se dos familiares e amigos, e colocar o pé na estrada. No caso do André, a coisa era bem diferente. Ele morava por conta própria, num apartamento muito bem transadinho e se sustentava sozinho. Isso quer dizer que ele precisou vender móveis e eletrodomésticos, desfazer-se de coisas que não tivessem valor comercial, e deixar o emprego. Tudo isso em cerca de 15 dias, que foi quando decidimos que essa seria uma viagem definitiva! Foi um recorde. E na sexta-feira da Paixão, lá estava ele desembarcando no Galeão.

Uma semana se passou. E como voou! Mesmo assim, foi apenas uma semana. Mas, nessa primeira semana, já pudemos sentir a temperatura da convivência: excelente! Ambos dissemos várias vezes, e de muitas maneiras, que se continuar assim, já está bom demais!


Dia 07 de fevereiro de 2016 - dia em que nos conhecemos em Belo Horizonte


No apartamento dele lá em MG.


Visita ao Arpoador (nascer do sol) - 12/02/2016.
Somente um dia separados depois do carnaval.
Eu saí de lá quarta-feira de Cinzas
e ele chegou aqui na sexta-feira imediatamente seguinte.
Segunda-feira, embarcou de volta para casa.



Eu esperando por ele no Galeão no dia 25 de março de 2016 
para o encontro definitivo.



Só trouxe pertences pessoais.



No táxi, indo para casa.



Logo depois de entrar,
pouco antes de abrirmos um espumante para celebramos.



Já no domingo de Páscoa,
morando juntos desde sexta-feira da Paixão.



Acho que muitas pessoas pensaram que a mudança do meu estado civil para casado no Facebook, apesar de não ter qualquer documento oficializando a união, fosse apenas para dizer que estávamos num relacionamento sério, e que ele voltaria para casa já segunda-feira, depois da Páscoa. Mas, não. Talvez, isso se deva à rapidez com que tudo aconteceu, mas ele não veio para voltar e nem eu mudei o estado civil só para definir um grau maior de seriedade, não. É vida nova mesmo: "juntu e misturadu". E não tem truque ou pegadinha, não.

Muitas pessoas compartilham da nossa alegria - umas sem qualquer ressalva, outras admiradas com a rapidez com que tudo aconteceu. Bem, sobre a "rapidez" com que aconteceram as coisas, vale a pena lembrar que tempo é relativo, e que muita coisa ruim acontece da noite para o dia: acidentes, doenças, enchentes, morte. E as pessoas se conformam com seus infortúnios mais cedo ou mais tarde. Porém, quando se trata de felicidade, elas querem adiar sabe-se lá por quanto tempo. Não, não mesmo. Se tem uma coisa certa, garantida na vida, é que vou morrer (lamento, mas você também), então por que deveria eu me dar o luxo de adiar o que me faz (ainda mais) feliz? Foi a mesma coisa que pensou André. E por isso, nosso plano de agilizar o 'casamento' acabou dando tão certo.

Uma maneira bem simples de avaliar o nível de felicidade que se experimenta ao lado de alguém, antes de uma decisão como essa, é fazer uma pergunta muito objetiva. Se a resposta for 'sim", mergulhe. Se a resposta for 'não', fique onde está.

A pergunta é: Se este fosse meu último dia de vida, eu adoraria estar ao lado dele?

A minha resposta foi/é SIM. Tudo indica que a dele também. ^^

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