Austrália: Três drag queens metem a porrada em homofóbicos violentos

Homofóbicos violentos tomam um pau bem dado por três drag queens australianas



Por Sergio Viula
Com informações de Timothy Rawles
Community Editor na SDGLN (San Diego Gay and Lesbian News)
Fonte: http://sdgln.com/news/2017/08/22/three-aussie-drag-queens-beat-violent-homophobes



Da esquerda para a direita: 
Ivy Leaguee, Coco Jumbo, e Vybe foram chamadas de "anjos".


Três drag queens australianas, conhecidas como Ivy Leaguee, Coco Jumbo, e Vybe, caíram no braço com agressores homofóbicos que bateram em um jovem.

O rapaz teria defendido as drag queens contra as injúrias do grupo de homofóbicos.

As meninas decidiram não deixar barato para os espancadores.

Ivy disse que "aqueles garotos se cagaram, pois não estavam preparados para algumas drag queens em cima deles".


Ivan Flinn diz ter sido vítima de um ataque homofóbico 
na rua Oxford, em Sydney
Foto: Benedict BrookSource: Supplied


De acordo com o LGBTQ Nation, Ivan Flinn (o rapaz de boné), 34, saiu de um bar na rua Oxford à meia-noite do dia 6 de agosto. Eles estavam num bairro predominantemente gay de Sydney - o distrito de Darlinghurst. (Fonte: https://www.lgbtqnation.com/2017/08/drag-queens-kicked-gang-bashers-asses-punching-gay-man/)

Com fome, Flinn decidiu parar numa lanchonete. Depois de entrar, ele percebeu alguns homens gritando contra um grupo de drag queens. Ele diz que ouviu todo tipo de xingamento homofóbico: "viado", "aberração", etc.

Nesse momento, Flinn se envolveu, tentando parar os homens. Ele disse: "Cara, nunca use a palavra 'viado', especialmente em qualquer lugar da rua Oxford.”

Foi quando um dos agressores foi atrás dele, resultando numa camisa rasgada e no deslocamento do maxilar.

Ao ver isso, Ivy entrou na briga. Ela comenta o que disse: "Se vocês querem pegar caras pequenos, vocês terão que lutar contra grandes aberrações. Eu sou um homem embaixo disso tudo, vamos lá."

A briga continuou do lado de fora, com Ivy sendo puxada por um dos homens - o que levou Coco a intervir, empurrando o agressor para a sarjeta.


Coco Jumbo - a drag queen que foi atrás do cara que puxou Ivy até a pista.


“Eu costumava jogar rugby. Além disso, eu tenho um irmão mais velho", disse Coco. "Ele tentou correr, mas eu fui atrás dele até onde o tráfego se aproximava. Fiquei surpresa que minha peruca não tivesse caído."

Depois que Flinn se recuperou da pancada, ele viu Ivy atracada com o cara que o havia socado. "Eles estavam no meio da rua, carros desviando deles, buzinando, e eu vi o cara arrancar a peruca dela."

Apesar de Ivy ter perdido sua peruca, ela não caiu do salto durante toda a briga.

A polícia chegou e colheu depoimentos das drag queens, do jovem Ivan Flinn, e dos três caras que permaneceram na cena.

“A polícia continua a investigar o incidente, incluindo uma possível motivação com viés homofóbico", disse um porta-voz da polícia de New South Wales Police.

Flinn chamou as drag queens de anjos e acredita que teria morrido se o os agressores continuassem a espancá-lo. "Drag queens são as pessoas mais fortes na comunidade LGBTI. Elas se levantam e dizem essa sou eu, e tenho orgulho.”

Sentindo-se triste pela peruca destruída de Ivy, Flinn começou uma "vaquinha" no site GoFundMe para levantar dinheiro para cobrir os custos da peruca, das unhas e dos sapatos de salto alto.

“Espero substituir o cabelo da minha heroína, arruinado por causa de seu bom coração. Substituir as unhas dela, quebradas por causa de sua coragem. Conseguir os novos saltos altos dela, porque ela defendeu o que era certo.”

Como uma verdadeira heroína, Coco é modesta sobre ter defendido o jovem. O valor da vida de Flinn é mais importante do que tudo o mais, "é tudo apenas material no final das contas. Não adianta chorar sobre o leite derramado. Estamos simplesmente felizes que Ivan esteja bem.”

Cá para nós, com tanto crime de LGBTfobia acontecendo no Brasil, está na hora da comunidade LGBT começar a reagir, principalmente protegendo-se uns aos outros.

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