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A neurose cristã sobre a masturbação
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Por Sergio Viula
Todo domingo (dia do Senhor ^^), a Coluna do Viula traz algum tema com viés no campo da sexualidade, geralmente na sexodiversidade, mas enfocando alguma questão religiosa. No artigo de hoje, quero discorrer sobre a masturbação, a popularmente chamada punheta. Sei que punheta reporta logo ao estímulo do pênis, mas não deixarei de falar sobre a masturbação feminina – a famosa siririca. Há, porém, distinções a serem feitas aqui que vão além da glande e do clitóris.
Vejam bem, a Igreja Católica Romana (ICAR) condena a masturbação veementemente. É ensino oficial da ICAR em seu catecismo. A publicação pode ser encontrada em página oficial do Vaticano. Cito o trecho:
2352. Por masturbação entende-se a excitação voluntária dos órgão genitais, para daí retirar um prazer venéreo. «Na linha duma tradição constante, tanto o Magistério da Igreja como o sentido moral dos fiéis têm afirmado sem hesitação que a masturbação é um acto intrínseca e gravemente desordenado». «Seja qual for o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das normais relações conjugais contradiz a finalidade da mesma». O prazer sexual é ali procurado fora da «relação sexual requerida pela ordem moral, que é aquela que realiza, no contexto dum amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana» (101).
Para formar um juízo justo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos, e para orientar a acção pastoral, deverá ter-se em conta a imaturidade afectiva, a força de hábitos contraídos, o estado de angústia e outros factores psíquicos ou sociais que podem atenuar, ou até reduzir ao mínimo, a culpabilidade moral.
E na seção “Resumindo“, eles colocam explicitamente:
- Entre os pecados gravemente contrários à castidade, devem citar-se: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.
VEJAMOS A ORIGEM DESSE ENSINO
Afinal, de onde vem essa ideia que masturbação seja pecado? A origem desse erro interpretativo está na história de Onã, conforme registrada em Gênesis (sempre o Gênesis!!!), capítulo 38. Transcrevo a passagem abaixo e faço comentários entre colchetes para diferenciar o que diz o livro sagrado dos judeus, cristãos e muçulmanos – todos eles o reconhecem como divinamente inspirado – e o que eu tenho a dizer sobre cada versículo.
Gênesis 38
2 E viu Judá ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu.
[Momento piada: uma mulher com nome de Sua pode ser de qualquer um, não acham? Agora, falando sério: Judá era filho de Jacó e ascendente de Jesus, segundo o relato dos evangelho, mas vejam que ele toma uma mulher cananaeia – coisa que viria a ser proibida por Moisés mais tarde. Dá-lhe xenofobia dos infernos!]
E ela concebeu e deu à luz um filho, e chamou-lhe Er.
E tornou a conceber e deu à luz um filho, e chamou-lhe Onã.
[Presentem muita atenção ao nome desse sujeito, porque é de Onã que vem o termo onanismo que a Igreja medieval usou exaustivamente para se referir a qualquer prática sexual que não fosse pênis na vagina com a intenção de procriar – a pergunta que não quer calar: e as mulheres estéreis ou os homens estéreis? E as mulheres em menopausa? E os homens em andropausa? Teoricamente, sexo para eles estaria vedado pelo ensino de que só vale para reprodução, mas são bilhões de pessoas hoje!!!]
5 E continuou ainda e deu à luz um filho, e chamou-lhe Selá; e Judá estava em Quezibe, quando ela o deu à luz.
6 Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar.
[Prestem atenção a essa Tamar que não tem nada a ver com o belíssimo projeto de proteção às tartarugas no Brasil. Ela vai desempenhar um papel fundamental nesse enredo.]
7 Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, por isso o Senhor o matou.
[O deus do Velho Testamento, pai de Jesus, sempre vingativo, destrutivo, intolerante. Com ele, era bem ao estilo Malafaia: escreveu, não leu, o pau comeu… Ui!]
8 Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão.
[Como Er não teve filhos com Tamar, esse costume, que mais tarde foi legitimado por Moisés como Lei do Levirato, obrigava o irmão mais próximo do primogênito, cronologicamente, a fazer sexo com a viúva do irmão (a cunhada!!!) para gerar um filho que levasse o nome do falecido, porque as riquezas da família, a manutenção do nome do defunto e até a divisão de terras dependia disso. Eis aí o germe do casamento. Não mudou tanto de lá para cá. A família patriarcal ainda está aí, mesmo que seja no imaginário das massas.]
9 Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão.
[Onã estava gostando de dar essa trepadinha com a cunhada. Fazia o conhecido “coito interrompido”, ou seja, não ejaculava dentro dela. Assim, ele poderia continuar “tentando” suscitar descendência a seu irmão – o que, na verdade, era tudo o que ele queria evitar. Aqui, ele tinha dois ganhos: menos gente com quem dividir a herança paterna e uma vagina disponível sob as bênçãos do patriarcado machista que via a mulher sempre como um meio, nunca como um fim em si mesma.]
10 E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.
[Jeová mata de novo. Mata mais do que jihadistas em campanha terrorista. Foi ele quem deixou Tamar viúva, porque matou seu marido, e agora acaba com a alegria de Onã porque ele deu uma de “espertinho pra cima de moi“. Como Judá ainda tinha outro filho, este seria a bola da vez nessa obstinada tentativa de garantir descendência ao primeiro filho, o tal do Er.]
11 Então disse Judá a Tamar sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá, meu filho, seja grande. Porquanto disse: Para que porventura não morra também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e ficou na casa de seu pai.
[Pelo jeito, Tamar já estava ganhando o apelido de viúva negrao. Na visão de Judá, ela já tinha matado dois. Judá não queria que o terceiro também morresse. Tamar teve que passar a humilhação de ser “devolvida” ao pai, sim, porque casamento era um negócio entre homens – primeiro os pais, mas na falta do pai, o irmão mais velho, e na falta de irmão, um tio. A mulher era apenas a mercadoria negociada. Só que Judá, assim como Onã, estava apenas enrolando a pobre coitada (coitada várias vezes sem sucesso, porque para esses homens e mulheres primitivos, sucesso era conceber, gerar e parir.]
12 Passando-se pois muitos dias, morreu a filha de Sua, mulher de Judá; e depois de consolado Judá subiu aos tosquiadores das suas ovelhas em Timna, ele e Hira, seu amigo, o adulamita.
[Acontece que Judá ficou viúvo também, fez o luto, mas não estava broxa. Vejam o que acontece em seguida.]
13 E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que o teu sogro sobe a Timna, a tosquiar as suas ovelhas.
[Sempre tem um fofoqueiro ou fofoqueira para dar teu paradeiro. E olha que nem tinha Whatsapp para ficar seguindo os outros e pentelhando o tempo todo. Tamar ficou sabendo rapidinho como encontrar aquele cabra velho sem palavra.]
14 Então ela tirou de sobre si os vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu, e envolveu-se, e assentou-se à entrada das duas fontes que estão no caminho de Timna, porque via que Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por mulher.
[Observem que Tamar continuou viúva e solitária esse tempo todo, porque ela não podia se casar de novo, enquanto não desse descendente ao defunto e, quiçá, nem mesmo depois. Por isso, ela não viu alternativa, senão armar uma estratégia para pegar esse trapaceiro do sogro dela que não lhe deu o filho mais novo como macho por algumas noites até que ela finalmente fosse galada como se fosse um animal reprodutor. E por que, em nome de todos do deus inexistente, ela fazia questão de ser galada e reproduzir? Porque não havia nenhum sistema do qual a viúva pudesse tirar sustento. Se ela não tivesse filhos que herdassem o que era da família do sogro e sustentassem a mãe na velhice, ela estaria lascada. Só tinha duas opções para essas mulheres: prostituição, que não é lucrativa quando se é velha, e mendicância.]
15 E vendo-a Judá, teve-a por uma prostituta, porque ela tinha coberto o seu rosto.
[Não contem às muçulmanas nem às beatas católicas nem às irmãs da Igreja da Restauração ou da Congregação Cristã do Brasil que cobrir o rosto no tempo de Judá, no “sacratíssimo” livro de Gênesis era o mesmo que se apresentar como prostituta… Ai, as santarronas de hoje – prefiro nem comentar…]
16 E dirigiu-se a ela no caminho, e disse: Vem, peço-te, deixa-me possuir-te. Porquanto não sabia que era sua nora. E ela disse: Que darás, para que possuas a mim?
[Jacó estava dizendo literalmente o seguinte: Deixa eu te comer. Só que ele não sabia que se tratava de Tamar, sua própria nora. Observe que ela cobrira o rosto. Para poder manter a farsa e pegar Judá em sua própria astúcia, a nora-disfarçada-de-prostituta quis acertar o preço primeiro. Fez bem: isso aqui não é sopão da Legião da Boa Vontade para comer de graça, não, minha gente!]
17 E ele disse: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. E ela disse: Dar-me-ás penhor até que o envies?
[Vejam que Jacó pagou bem. A nora devia ser um piteco e ele devia estar louco de tesão sem mulher por tanto tempo. Um cabrito não era pouca coisa, não. De qualquer modo, ele era rico e isso não lhe pesava nada. Tamar pediu um penhor – uma garantia, porque se ele não mandasse o pagamento, ela poderia cobrar-lhe o cachê sem ser considerada uma caluniadora. Só que isso era parte do truque.]
18 Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele.
[Jacó não sabia o que deixar: carteira de identidade ainda não existia; vale-transporte também não. Então, ela pediu seu selo (era como se assinava documentos na época), o cordão (provavelmente o que circundava a cintura) e o cajado (objeto usado por pastores de rebanho, como era o caso de Judá, que estava ali para fazer negócios no ramo da pecuária). Acertado o preço e o penhor, ela deu a perseguida para o velho-na-seca. Resultado: Tamar concebeu! Eita, velhinho fértil da peste, Sô! Foi uma só e pimba!]
19 E ela se levantou, e se foi e tirou de sobre si o seu véu, e vestiu os vestidos da sua viuvez.
[Tamar retomou sua vida normalmente, sem dizer qualquer coisa sobre o ocorrido a qualquer outra pessoa.]
20 E Judá enviou o cabrito por mão do seu amigo, o adulamita, para tomar o penhor da mão da mulher; porém não a achou.
[Judá foi honesto nesse ponto. Quis pagar mesmo e enviou o tal cabrito. Porém, Tamar já tinha se mandado para casa de seu pai. Os objetos de Judá, porém, continuavam com ela.]
21 E perguntou aos homens daquele lugar dizendo: Onde está a prostituta que estava no caminho junto às duas fontes? E disseram: Aqui não esteve prostituta alguma.
22 E tornou-se a Judá e disse: Não a achei; e também disseram os homens daquele lugar: Aqui não esteve prostituta.
23 Então disse Judá: Deixa-a ficar com o penhor, para que porventura não caiamos em desprezo; eis que tenho enviado este cabrito; mas tu não a achaste.
[Veja a preocupação de Judá em não ser desprezado por dar calote numa prostituta. A rapaziada que frequenta os bordéis e outras zonas de meretrício devia aprender com Judá – está uma boa lição moral: pague o que deve, inclusive quando for a uma ou a um profissional do sexo. Claro, michês, included.]
24 E aconteceu que, quase três meses depois, deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está grávida do adultério. Então disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada.
[Tamar carregava o filho de Judá, mas ele não sabia que ia ser papai… Ai, que fofo! #soquenão. E por isso, não hesitou em condena-la à morte na fogueira. Parece até a Igreja Católica na Idade Média, não parece? Mas foi ele mesmo quem primeiro mentiu para ela prometendo o terceiro filho sem ter a menor intenção de cumprir sua promessa. Perjúrio!]
25 E tirando-a fora, ela mandou dizer a seu sogro: Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E ela disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo, e este cordão, e este cajado.
[Tamar poderia ter dito “não contavam com a minha astúcia”, mas ela nunca assistiu a um episódio sequer do pastelão mexicano. Então, ela simplesmente apresentou os objetos de Judá – o tal penhor pelo serviço de prostituta – e colocou Judá numa tremenda saia justa na frente de todos os moralistas de plantão, provavelmente tão hipócritas como o velhaco do sogro dela.]
26 E conheceu-os Judá e disse: Mais justa é ela do que eu, porquanto não a tenho dado a Selá meu filho. E nunca mais a conheceu.
[Judá parece muito humilde agora, mas a questão é: por que queriam queimar a mulher por adultério, mas nem chegaram a questionar o envolvimento do próprio Judá com uma suposta prostituta em sua viagem de negócios? Judá reconheceu que mentiu para Tamar e o caso se encerrou sem mais perdas de vidas.]
27 E aconteceu ao tempo de dar à luz que havia gêmeos em seu ventre;
[Gente, o cabra velho do Judá não fez só um, não – fez dois! Quem precisa de pílula azul quando tem Jeová a seu lado nas alcovas do meretrício, não é mesmo?]
AGORA QUAL É A MORAL DA HISTÓRIA?
A ICAR e suas filhas (sim, porque todas as igrejas protestantes e mesmo a igreja ortodoxa são filhas de igreja romana) condenam a masturbação com base no coito interrompido praticado por Onã. Mas o que tem uma coisa a ver com a outra, afinal de contas? Nada! Segundo o relato bíblico, ele foi punido por se recusar a gerar descendente que fosse nomeado como filho de seu falecido irmão mais velho. Não foi o lançamento do sêmen no chão que gerou a polêmica! Foi a não-fecundação por motivos egoístas, muito provavelmente econômicos.
A ICAR e suas filhas assumem o pressuposto de que sêmen desperdiçado é pecado, porque os judeus antigos também acreditavam que havia um ser humano no sêmen apenas esperando para ser depositado no vaso feminino. A mulher era apenas o vaso onde ele era depositado para crescer e ser parido. Por isso, o crédito era do homem quando dava certo e da mulher quando dava errado: ela não foi um bom vaso para a excelente semente dele. Eles não tinham a menor ideia de espermatozoides, óvulos, cromossomos do pai e cromossomos da mãe. É uma estupidez falar contra a masturbação ou evita-la por causa disso.
Na verdade, a masturbação é um excelente meio de descarregar a energia sexual, especialmente para quem ainda é solteiro, mas mesmo para os casados, ela tem seus encantos e nunca deve ser completamente abolida. Pode ser praticada sozinho(a), a dois, e até em grupo (socializa, minha gente!). No casamento monogâmico, tem cônjuge que se diverte com trocando esses favorzinhos na cama.
Vale recordar que muitos povos antigos (alguns ainda existentes) praticavam a masturbação coletiva como forma de iniciação sexual e como ritual para garantir a fertilidade do solo e dos animais. Isso quer dizer que a masturbação que os monoteísmos condenaram, muitos animistas e politeístas celebraram ritualisticamente.
Mas, veja bem: se o problema das igrejas é com o desperdício de sêmen, está liberada a siririca!!! Afinal, a masturbação feminina não desperdiça sêmen. Não desperdiça nada! É só lucro. hehehehe
Aliás, é por isso que a ICAR sempre foi muito mais obcecada pelo combate às relações homossexuais masculinas do que as femininas. O motivo? SÊMEN!!!! Eles sempre se preocuparam com o sêmen que dois homens desperdiçam. Falam claramente sobre “vaso feminino” e “vaso masculino” quando discutem o que eles adoravam chamar de sodomia. O homem usando o vaso feminino = natural. O homem usando o vaso masculino = contra a natureza. Ai, que cansaço que dá isso…Fiscais do fiofó, empata-fodas de robe e crucifixo.
Fecho com um conselho absolutamente fundamental para sua saúde mental: Masturbe-se! Conheça seu corpo. Usufrua do prazer solitário sem ficar exclusivamente com essa gratificação maravilhosa. Afinal, existem prazeres no corpo alheio que não se encontram no meu e vice-versa. Masturbe-se pensando no objeto do seu prazer, sim, seja ele um homem, uma mulher ou os dois. Na verdade, você nem precisa de estímulos visuais. Os cegos de nascença se masturbam e nunca viram peito, bunda, pênis ou vagina. Agora, se você curte o visual, não faltam opções na internet, nas bancas de jornais, nos DVDs, etc.
Um lembrete importante aqui: se você é menor de idade, não acesse sites que não sejam para a sua faixa etária. Já o seu pênis ou a sua vagina é patrimônio seu. Explore-o(a) sem medo de ser feliz.
Outro lembrete importante: o prazer e a segurança não são autoexcludentes. Transe sempre com camisinha, independentemente do seu estado sorológico. Tudo na vida pode gerar problemas: comida, água, ar, solo. Sexo não é diferente. Por outro lado, tudo pode gerar prazer: a boa comida, a água pura, o solo sem produtos tóxicos ou microorganismos nocivos ao ser humano, e o sexo com camisinha. Temos uma vantagem que muitas gerações antes de nós não tiveram: a evolução do preservativo (o que é e como usar – vídeo). Hoje, ele é resistente, variado em tamanhos e texturas, além dos inúmeros lubrificantes compatíveis que existem em qualquer farmácia. E quem não tem grana pode solicita-los em qualquer posto de saúde gratuitamente. Leva na hora. Quem perde com isso? Esses vírus, bactérias, fungos e parasitas que obstinadamente querem invadir nossos lindos corpinhos nessa eterna luta pela sobrevivência. E eles vêm de todos os lados – sexo não é exclusividade. Então, camisinha neles! E se você for desses/dessas que adoram transar com gente de sexo diferente do seu, você vai voltar para casa sem o medo de ter sido premiado com uma gravidez não planeja – prejuízo para os dois envolvidos, mas para a mulher ainda mais, porque é ela que carrega o “brinde” por nove meses, sente as dores do parto, do resguardo e muitas vezes ainda tem que correr atrás de painho para garantir o reconhecimento da paternidade da criança que nunca foi consultada sobre a possibilidade de ser fecundada naquela transa irresponsável que os dois tiveram. Mas, mainha também tem a opção do preservativo feminino. Nunca viu como é ou como se usa. Tutorial com uma boneca aqui (vídeo).
Aliás, essa é outra dívida que a ICAR e muitas de suas filhas acumulam com a sociedade: elas fazem o caminho inverso ao da racionalidade (de novo!!!) e promovem campanhas contra a camisinha e o sexo entre pessoas em mútuo consentimento se não for dentro do mundinho falsamente arrumadinho do casamento e da família patriarcal.
Resumo da ópera: O vigor sexual e os prazeres que dele advém não duram para sempre – exatamente como tudo mais na vida. Aproveite enquanto pode! Eles estão bem ao alcance da sua mão. E não tem igreja, doutrina ou humano-pentelho que possa impedir o seu desfrute, a menos que você se submeta a esses “cintos de castidade virtuais” mas nada virtuosos. Tomara que não.
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