A invasão russa já dura quase um ano e três meses Por Sergio Viula 24 de abril de 2023 Quando eu condeno Vladimir Putin pela invasão à Ucrânia e seus crimes de guerra, costumo ouvir muito chororô por parte das viúvas de Stalin, outro genocida que matou diretamente ou levou à morte milhões de habitantes da falecida Uniâo das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Não eram unidas, não se comportavam como repúblcias, nunca foram socialistas no sentido real do termo e nem se enquadravam como soviéticas literalmente, porque "sovietes" era o nome dado aos conselhos de trabalhadores originados na Rússia, que foram incorporados como funcionários do governo, perdendo a capacidade de se opor a ele sob qualquer circunstância. Os sovietes perderam sua função original, tornando-se parte da engrenagem ditatorial estatal. Marx deve ter batido cabelo dentro do túmulo de decepção e indignação com tudo isso. Fato é que, geralmente, essas nostálgicas amantes de ditadores assassinos de seu próp
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Lacração total! MONTERO (Call me by your name) - Lil Nas X
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Cena do clip Montero (Call me by your name)
Por Sergio Viula
Deslumbrante, punjante e provocante - esses são apenas três dos muitos adjetivos que eu poderia utilizar para qualificar o clip 'Montero (Call Me by Your Name)' lançado por Lil Nas X na última sexta-feira, 26. O título da música reporta a "Me chame pelo seu nome", sucesso como livro e como filme em 2017.
Lis Nas X, atualmente com 21 anos de idade, revelou ser gay em 2019.
Logo no começo do clip, ele já o tom da conversa: "Na vida a gente esconde a pessoa que a gente não quer que o mundo veja, prende, diz não e a bane, mas aqui, não. Bem-vindo a Montero".
O clip dialoga com mitos gregos e bíblicos com efeitos visuais simplesmente deslumbrantes. Além disso, o cantor desempenha papéis simultâneos interagindo consigo mesmo como personagens diversos. O clip, que começa no paraíso e termina no inferno, pode ser entendido de várias maneiras. Cito duas.
A primeira, como uma metáfora sobre as drogas, uma vez que ele fala sobre um rapaz viciado em cocaína:
Cocaine and drinking wit' your friends You live in the dark, boy, I cannot pretend I'm not fazed, only here to sin If Eve ain't in your garden, you know that you can Call me when you want Call me when you need Call me in the morning I'll be on the way Call me when you want Call me when you need Call me out by my your name I'll be on the way, like
O vício pode começar com a oferta de um paraíso de sensações e terminar num verdadeiro inferno existencial.
Uma segunda maneira de pensar o vídeo poderia ser a de uma reinterpretação subversiva das interpretações tradicionalmente mantidas pela ala conservadora do cristianismo e dos outros dois monoteísmos (judaísmo e islamismo). Haja vista que, no Éden, não há Eva. Lis Nas X convida a própria serpente ao prazer. Nada de pecado, apenas o puro desejo. O clip termina com o inferno, figura muito utilizada entre os dogmáticos homofóbicos para ameaçar pessoas LGBT com castigos eternos, conforme as mais populares interpretações mítico-bíblicas entre os que classificam os homens como salvos ou perdidos. Ali, também, a ordem também é subvertida com o cantor seduzindo o próprio diabo e usurpando seu poder. Gays não se submetem nem mesmo no inferno. É subversão e reivneção na veia, bee!
Essa leitura poderia ser expandida de muitas maneiras, mas isso fica a cargo da imaginação de vocês. O clip pode ser visto logo abaixo. Divirta-se e compartilhe.
O clip no canal oficial do cantor já tinha sido visualizado mais de 43 milhões de vezes no momento desse post sem contar os vídeos espalhados pela rede.
Resgate histórico Representação de auto-felação. Uma possível referência ao ciclo da vida ou sustentabilidade do planeta. Organizado por Sergio Viula Fontes no final do post. Os seres humanos são bissexuais, homossexuais e heterossexuais desde sempre. E não apenas os humanos, mas outros animais também demonstram interesse sexual e afetivo por membros do mesmo sexo em suas respectivas espécies. Uma das mais antigas e admiradas civilizações é, sem dúvida, a civilização egípcia. Por isso, o Blog Fora do Armário foi atrás de informações sobre a homossexualidade, mais especificamente, nas terras dos Faraós. O objetivo é mostrar como a homossexualidade, que é um dado natural, é encarada e vivida ou reprimida de acordo com a cultura de cada povo em cada época. Nem mesmo os regimes mais repressores conseguiram impedir seu fluxo, mas alguns povos conviveram com a homoafetividade sem grandes problemas. A dificuldade em levantar esses dados em tempos tão an
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Por Sergio Viula DIA 28 DE JUNHO é o Dia Internacional ORGULHO LGBT! E temos muito do que nos orgulhar! A maioria de nós sobreviveu a uma infância e adolescência onde era cada um por si e todos contra nós. Se você foi criança antes da década de 1990, arrisco-me a dizer que você não tinha referências positivas que representassem a sua individualidade enquanto pessoa sexodiversa na TV, no rádio ou nas publições impressas. Às vezes, eu me pego pensando: Quem dera eu pudesse ter assistido algo como Heartstopper quando eu tinha 12 anos, por exemplo. Se você ainda não ouviu falar nessa série da Netflix, ela foi inspirada nessa HQ aqui . Teaser official da série na Netflix Família, escola, igreja e trabalho A família, ambiente onde devíamos ter sido acolhidos e incentivados ao pleno desenvolvimento de nossas habilidades e de nossos afetos, foi justamente onde encontramos mais incompreensão e repressão. Se nos enfiamos no armário - muitos de nós por décadas -, foi justamente por causa de algum
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